quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

SALVAR A MATA DOS MEDOS

SALVAR A MATA DOS MEDOS

99 por cento dos cientistas decretaram que as alterações climáticas, em consequência de acção humana, são uma realidade. A comunidade académica concluiu também sobre a urgência de todos os países do mundo adoptarem políticas urgentes na protecção do meio ambiente. Também António Guterres, antigo primeiro ministro de Portugal e actual secretário geral das Nações Unidas tem, de forma enérgica, apelado para que todos os países do mundo adoptem urgentemente políticas para a protecção do meio ambiente.

CRISE AMBIENTAL

Vivemos uma dramática crise ambiental sem precedentes que coloca em causa o futuro das novas gerações. Ora, as “políticas verdes” não podem ser um mero discurso vazio de palanque eleitoral ou conceito de marketing que serve apenas para as grandes companhias comercializarem novos produtos e serviços.

RESERVA BOTÂNICA DESDE 1971

É preciso recordar às pessoas menos informadas que a Mata dos Medos apresenta uma extraordinária riqueza e diversidade de espécies características do ecossistema de pinhal. Na fauna, apesar da forte pressão urbanística, persistem algumas rapinas como a águia-de-asa-redonda, o açor, o peneireiro-cinzento e o peneireiro vulgar, bem como alguns exemplares noturnos, como o mocho-galego e a coruja das torres. A lebre, o ouriço-cacheiro, a toupeira e ainda a raposa, o toirão, a geneta e o gato-bravo completam a lista da avifauna presente no maciço verde.

Algumas espécies de aves migratórias escolhem também a Mata dos Medos para nidificação. Durante todo o ano residem no pinhal o pica-pau-malhado-grande, a alvéola-branca, a poupa, o cuco, o pintassilgo, o pisco-de-peito-ruivo, o melro, a perdiz-comum, a pega-rabuda e a gralha. Os anfíbios e os répteis estão também bem representados neste ecossistema costeiro.
Hoje, esta área protegida e Reserva Botânica parece uma mulher que subitamente começou a sofrer de alopecia e começou a perder o cabelo. A Mata dos Medos ficou, de repente, repleta de clareiras e cadáveres arbóreos.

Apesar do cenário dantesco, ainda vamos a tempo de parar este filme de terror! Todos juntos, temos força suficiente para deter a barbárie.

(Fotografias recolhidas nos meses de Novembro e Dezembro 2021)











































 

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