Movimento em defesa da Mata dos Medos

quinta-feira, 31 de março de 2022

Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica





 

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Reserva Botânica da Mata Nacional dos Medos, parte integrante da Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica


 

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Pinhal do Rei ou Mata dos Medos da Caparica

No reinado de D. João V (1706-1750) foi mandada semear, no topo da arriba, zona relativamente plana, a atualmente denominada Mata dos Medos ...

  • Pinhal do Rei ou Mata dos Medos da Caparica
    No reinado de D. João V (1706-1750) foi mandada semear, no topo da arriba, zona relativamente plana, a atualmente denominada Mata dos Medos ...
  • Abates e Passadiços na Reserva Botânica da Mata Nacional dos Medos, parte integrante da Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica
    COMENTÁRIOS NA REDE "Estas intervenções na Mata dos Medos, como noutros locais, são absolutamente irresponsáveis. No entanto, os seus p...
  • Parece que os novos "Ecoparoliços" estão cheios de "remendos"!
     

Movimento em defesa da Mata dos Medos

"É nosso dever e nossa obrigação cuidar do que é de todos para que os nossos filhos possam mostrar aos netos, com algum orgulho, as árvores que conseguiram salvar." Juntos pela preservação da Mata dos Medos!"

COMENTÁRIOS NA REDE - MMM

"Parabéns a todos os elementos do Movimento em defesa da Mata dos Medos e a todos os que se unem na defesa do nosso património natural. Não podemos permitir que aumentem área degradada, pois já é excessivo o passivo ambiental resultante de vários excessos motivados por falta de sensibilidade e conhecimento, ou por ganância. Não podemos aceitar falsos rótulos de sustentabilidade, requalificação, falsa gestão do arvoredo, etc de acções que na realidade são verdadeiros atentados ambientais. Parabéns!" M.A.

O QUE SE ESTÁ A PASSAR NA MATA NACIONAL DOS MEDOS, EM ALMADA?

O QUE SE ESTÁ A PASSAR NA MATA NACIONAL DOS MEDOS, EM ALMADA?
Acréscimo - Associação de Promoção ao Investimento Florestal (Carregar na fotografia para ler artigo completo)

O que se está a passar na Mata Nacional dos Medos, em Almada?

A Mata Nacional dos Medos, sob gestão do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), integra a Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica (PPAFCC). Esta última enquadra-se na Rede Nacional de Áreas Protegidas (RNAP). A Mata Nacional tem em vigor, desde 2013, o seu Plano de Gestão Florestal (PGF), instrumento básico de ordenamento florestal, criado no âmbito da Lei de Bases da Política Florestal, que regula as intervenções de natureza cultural e ou de exploração e visa a produção sustentada dos bens ou serviços originados na Mata, determinada por condições de natureza económica, social e ecológica. Obviamente, integrando a Mata uma área da RNAP, a função ecológica assume-se como prioritária na regulação das intervenções. Nas intervenções em curso nesta Mata pública, para além da moda dos passadiços, aposta política incompreensível, neste caso em concreto, tendo em conta a profusa rede divisional (aceiros e arrifes) existente, tem crescido a contestação à muito substancial remoção de pinheiros mansos de grandes dimensões. No passado Sábado, uma acção de contestação contou com a presença de centena e meia de pessoas no local. Se o PGF prevê a realização de desbastes e desramações, há que ter em conta que, tratando-se de uma Área Protegida, Reserva Botânica, tais intervenções devem ser minimalistas e realizadas por meios que evitem a compactação dos solos, reduzam ao mínimo essencial a destruição da vegetação autóctone, seja no extracto arbóreo, seja nos arbustivo e herbáceo, até para evitar a expansão de espécies invasoras já presentes nas proximidades. Todavia, o que está a acontecer é exactamente o contrário. As operações em curso decorrem com uso de maquinaria florestal pesada, em dunas antigas, e tem sido intensa a remoção do coberto arbóreo. Se há a justificação do risco de incêndio, tal como o aumento do risco de instalação de espécies exóticas, também este aumenta com a perda de coberto arbóreo, de ensombramento e risco de proliferação posterior de espécies xerófitas. O histórico de incêndios nesta Mata, de acordo com o PGF, tem sido mínimo. O intrigante é o facto desta intervenção ser inscrita no âmbito de um “projecto de conservação de habitats naturais e de valorização da PPAFCC”, financiamento por fundos públicos, nacionais e comunitários. Ora, o habitat intervencionado é maioritariamente constituído por povoamentos de pinheiro manso, sendo a alienação das pinhas uma fonte principal de receitas da Mata. Com a intervenção por maquinaria pesada, qual o impacto sobre o extracto arbustivo, onde se destacam a sabina-da-praia, o carrasco, o sanguinho-das-sebes, a aroeira, o lentisco-bastardo, o medronheiro e o espinheiro-preto? Quais as consequências desta intervenção pesada sobre a fauna dominante, em especial sobre as espécies vulneráveis e quase ameaçadas, como a lagartixa-dos-dedos-denteados, a lagartixa-do-mato-ibérica, o falcão peregrino, a gaivota-de-asa-escura ou o coelho-bravo? Mais intrigante ainda é saber se as centenas de toneladas de madeira extraída da Mata, em toros (secções de troncos) ou em estilha, são receita do Estado. Haverá controlo, por parte do ICNF, do volume de madeira retirada à Mata no decurso dos intensos abates ocorridos? Uma outra curiosidade é o facto da mesma designação do projecto do ICNF, com apoio do POSEUR, estar registado em dois locais diferentes com dois objectivos distintos e com montantes de custo total elegível, de apoio comunitário e de fundo nacional também significativamente diferentes. Na placa visível em obra, o objecto anunciado é o de “criação de percursos acessíveis que diminuam o pisoteio em áreas sensíveis”. Com a utilização de maquinaria pesada em solos arenoso, é bizarro! Já na informação obtida do POSEUR, o objectivo que consta é o de “proteger o ambiente e promover a eficiência dos recursos”. Se num caso o custo total elegível é de cerca de 380,9 mil euros, no outro é de cerca de 695,9 mil euros. Já os montantes de apoio comunitário variam entre os cerca de 323,8 mil euros e os 591.5 mil euros, respectivamente. O que se está a passar neste processo de intervenção na Mata, património nacional? Paulo Pimenta de Castro, eng. silvicultor (No Público)

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Acréscimo, Associação de Promoção ao Investimento Florestal

Acréscimo, Associação de Promoção ao Investimento Florestal
CARTA ABERTA AO MINISTRO DO AMBIENTE E DA AÇÃO CLIMÁTICA CONTRA A DESTRUIÇÃO DAS ÁREAS DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA EM PORTUGAL (Carregar na fotografia para ler artigo completo)

COMENTÁRIOS NA REDE

"O pais continua em contra corrente com o q se passa noutras zonas do planeta qto a protecao das zonas verdes ou humidas, sobrepoe continuam. os interesses de terceiros e tbem mta ignorancia qto ao meio ambiente. Pobre pais." W.S.

Ambientalistas acusam Governo de atentados contra áreas de conservação

Ambientalistas acusam Governo de atentados contra áreas de conservação
Seis organizações de defesa do ambiente insurgiram-se hoje contra os "verdadeiros atentados" nos últimos meses contra as áreas de conservação da natureza e acusam o Governo de ser um dos autores. (Carregar na fotografia para ler artigo completo)

COMENTÁRIOS NA REDE - ICNB + AFN = ICNF

"O problema, no meu entender é que o país tem falta de uma autoridade de conservação (papel que o ICN(F) deveria cumprir e não cumpre). Juntaram o ICN( B ) à AFN criando este Híbrido manco que é o ICNF, camuflando o desinvestimento na conservação. Olhamos ingenuamente para as matas nacionais como se fossem espaços naturais, quando legalmente elas são áreas de produção florestal para o estado! se não há coragem de exigir à Parte florestal do ICNF que respeite critérios de conservação então há várias matas Nacionais que deveriam passar a ser áreas protegidas e deixar de ser matas nacionais ou mais tarde ou mais cedo vão sofrer acções que visam a produção descurando critérios básicos de conservação, da biodiversidade, da paisagem, etc." J.P.

A MODA DOS PASSADIÇOS

A MODA DOS PASSADIÇOS
FAPAS - Associação Portuguesa para a Conservação da Biodiversidade (carregar na fotografia para ler artigo completo)

COMENTÁRIOS NA REDE - PASSADIÇOS

"Com a necessidade de se preservar o carácter natural da mata, havendo caminhos mais do que suficientes que dispensam a instalação de qualquer estrutura artificial, inventa-se uma necessidade de mais um destes passadiços que tal como noutros locais é desnecessário?! Pelo que se constata, o mais importante para os promotores, incluindo o ICNF foi apoiar mais um negócio de um passadiço. Para isso, há que desvalorizar e justificar a destruição de uma parte da área protegida desta Mata... Esta praga de passadiços, que se tornou num verdadeiro negócio que usa falsos rótulos de sustentabilidade, deveria ser alvo de uma investigação, e precisa ser reprovado socialmente por quem não tenha receio em contrariar esta moda pseudoambiental, uma ecoparolice. Promovem alterações e diminuem o carácter natural de espaços, fomentam o aumento de pressões humanas [nalguns casos, verdadeiras romarias] para muitos dos recantos que restam e cujo isolamento era importante para a existência de muitas espécies, dão um péssimo exemplo e um contributo negativo no que se refere a educação ambiental, pois a construção de estruturas artificiais desnecessárias e promoção de romarias tem resultados negativos em muitos ecossistemas e resulta na utilização excessiva de recursos (materiais e financeiros), e é também por isso, um acto de má gestão de recursos naturais e económicos." M.A.

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O Movimento em defesa da Mata dos Medos também está na plataforma WIKILOC

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Veja as áreas intervencionadas na Mata dos Medos (carregar na fotografia para ver as intervenções em mapa)

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COMENTÁRIOS NA REDE

"Durante décadas estava tudo bem... Foi só os autarcas lembrarem-se de querer proteger a mata, que bastou para se ver nela uma destruição sem precedentes. Não havia passadiços e estava tudo bem, agora cortaram metade da mata para pôr passadiços e chamam a isso proteger... Passadiços servem para se passar obstáculos (dunas ou ribeiros por ex:) não para se gastar quase meio milhão de euros a pôr farripas em cima de um caminho que já existia, nem para destruir paisagem protegida para fazer caminhos novos. Dizendo eles que as pessoas a pé é que destroiem, quando metem lá um sem fim de máquinas a esburacar tudo e homens que enquanto trabalham fazem lixo. Violaram a mata dos medos de cima a baixo. Zona protegida não é um jardim municipal!!!" M.F.

COMENTÁRIOS NA REDE

"Pelo que mostram as fotos, transformaram uma reserva botânica, com características únicas, numa vulgar plantação de pinheiros mansos. Os estratos arbustivos e herbáceos, com espécies autóctones, foram completamente dizimados. E ainda por cima, abriram espaço à proliferação e expansão de espécies invasoras. Já para não falar que sendo esta zona arenosa, passa a estar mais exposta aos agentes erosivos. Não consigo entender esta intervenção... Não entendo também o silêncio por parte dos meios de comunicação social." L.M.P.L.

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PPAFCC

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A Mata dos Medos é parte integrante da Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica

A Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica é uma área protegida criada em 1984 através do Decreto-Lei 168/84 de 22 de Maio, abrangendo uma área total de 1570 hectares ao longo da arriba litoral Oeste da Península de Setúbal, estendendo-se pelo concelho de Almada e o de Sesimbra, na faixa litoral entre a Costa da Caparica (a Norte) e a Lagoa de Albufeira (a Sul), passando pelos Capuchos e a Fonte da Telha. A arriba litoral da Costa de Caparica é denominada arriba fóssil não por serem fossilíferas as camadas de idade miocénica que compõem a sua maior parte, mas por já não se encontrar em contacto direto com o oceano, não sofrendo erosão marinha. As arribas ativas (ou arribas vivas), pelo contrário, como as que podem ser observadas a Sul da Lagoa de Albufeira ou no litoral de Cascais, são as que se encontram sob influência direta da erosão marinha, apresentando o perfil anguloso e o recuo típico deste tipo de arribas. Nos estratos geológicos de idade miocénica que constituem a Arriba Fóssil podem encontrar-se vários exemplares de fósseis, sobretudo fósseis de organismos invertebrados marinhos, predominando os fósseis de bivalves, de gastrópodes e de equinodermes. Também podem ser encontrados fósseis de vertebrados, fundamentalmente fósseis de dentes de peixes miocénicos. A área de Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica, como seu nome indica, é uma zona protegida, onde a captura de animais e a recolha de plantas e de fósseis é proibida, sob pena de aplicação de sanções. Junto a esta área situam-se a Reserva Botânica da Mata Nacional dos Medos e o Pinhal da Aroeira, povoados por pinheiro manso com sabina-das-areias e aroeira.

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